Yin Yang - do paraíso ao inferno

Talvez isso seja um mero fruto subjetivo, reconheço, mas minha visão insiste em trazer algo para a minha mente: não existem pessoas boas ou más, o mundo não é bom ou mal.
Algumas pessoas se isolam, ficam boas demais, reprimindo sua maldade. Outras reprimem seu lado bom para serem más, dizendo que isso é ser, na verdade forte.
Mas se não estamos falando de um sociopata, inevitavelmente esse "forte" sentirá a necessidade desenvolver o bem, e pode negar a vida toda. O mesmo acontece com o bom: não adianta achar que viveremos sendo um "JC". As pessoas muitas vezes irão nos irritar, ferir, magoar. Não adianta fingir que nada sentimos por um ideal de bondade. Senão acabaremos por explodir e causar danos que nem imaginávamos.

Essa idéia, por se tratar mais de sentimentos do que de raciocínio, vou expressar inicialmente através de manifestações concretas dos sentimentos: músicas e fotos.

Vou colocar um link com o som da música, que deve ser o que irá inspirar a sensação, mas a letra tem relação direta com a melodia, então para entender mais exatamente a idéia é bom que entenda ela: há traduções na internet.

Wish i could - Norah Jones:

http://www.youtube.com/watch?v=tgMDsVRwM_M

We met in a place I used to go,
Now I just walk by it for show,
Can't bear to go in without you know,
Wish I could,
Wish I could.

But Annie is standing in the door,
With a look on her face I can't just ignore,
She tells me that her heart is sore,
And pulls me in,
She pulls me in.

She says "love in the time of war is not fair",
"He was my man but they didn't care",
"Sent him far away from here",
"No goodbye",
"No goodbye".

I don't tell her that I once loved you too,
Or about all the things we used to do,
I kiss her hair and think of you,
Walking down ,
The road you found.

We met in a place I used to go,
Now I only walk by it slow,
Can't bear to go in without you know,
Wish I could,
Wish I could,
Wish I could,
Wish I could.

É por causa de músicas como essa que eu amo a Norah Jones. Sim, eu digo e repito que a amo e que um dis nós iremos nos casar =D. ela simplesmente chega no mais profundo do meu coração ao ponto de tirar de mim as angustias e manifestar meus sentimentos mais nobres. A Norah Jones trás meu amor para fora e brinca com ele.

No meu mp3 essa musica da Norah Jones vem logo depois de outra de extrema relevância:

Blitzkrieg - Deathstars

http://www.youtube.com/watch?v=zeWBD7zHG8o


… In your dreams, Hearts shake
Nerves scream, Minds break
Heavens turn, Grounds crack
Prayers burn, Burn black

And it’s all there inside of you
It’s deadly, dark, cold!
Can you feel the explosion
Now lean back and enjoy the show!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

Hope fails, Death shines
Long nails, Hell’s vines
Terrors speak, Walls fall
Addictions seek, Seek it all

And it’s all there inside of you
It’s deadly, dark, cold!
Can you feel the explosion
Now lean back and enjoy the show!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

… This is the end
Still your need is driven on, driven on…
As we trigger one last bomb

Wounds bleed, Tears ride
Demons feed, Angels hide
Fathers sigh, Mothers weep
Children cry, Crying deep

And it’s all there inside of you
It’s deadly, dark, cold!
Can you feel the explosion
Now lean back and enjoy the show!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

Blitzkrieg!
Blitzkrieg!
Blitzkrieg...BOOM!

The world with a gun and a broken blade!

[3x]
… This is the end
Still your need is driven on, driven on…
As we trigger one last bomb

Ouvindo uma musica dessas a sensação que se ten é uma só: de ódio.
Ela deixa seu ódio sair, te liberta dele. Em geral, observem, pessoas mais raivosas têm a tendência de apreciar esse tipo de musica, e apesar da tremenda agitação de um show de metal elas simplesmente saem de lá renovadas: é uma forma de descarregar toda a raiva.

reparem que nos dois casos a imagem corresponde com a sensação da musica.

As duas musicas tratam de opostos, mas a verdade é que ambos existem dentro de nós: não adianta pensarmos que vivemos no melhor dos mundos, e que tudo é amor. É verdade que seria ótimo, mas não é real. Também não vale a pena nós entrarmos num ciclo suicida achando que nós e o mundo somos desprezíveis e que esse é o pior dos mundos.
Não, isso é só uma polarização, é só um 8 ou 80 que deve ser eliminado para haver um equilíbrio.
esse equilíbrio trás paz interna: temos que ser a mudança que queremos para o mundo, é por onde se começa.Bem diz Gandhi.

Mas se você não entendeu perfeitamente o sentimento das musicas, não precisa ficar tentando abstrair os sentimentos, pois o post também tem um fundamento racional.

As duas musicas falam da guerra, perceberam?
Blitzkrieg é uma tática que os alemães usavam na segunda guerra mundial, onde usavam grande poder destrutivo de surpresa e rapidamente.
eles simplesmente passavam destruindo.
A Norah jones chora pelo amado que foi para a guerra, e os Deathstars apreciam a destruição do blitzkrieg na guerra. Um vive o bem e outro o mal, mas os deathstars não mostram amor, e Norah Jones é passiva.
É aí que eu quero chegar: uma variável de tipo psicológico que eu não vi em jung, não vi em MBTI. São o pessimismo e otimismo. Ou melhor, são só sentir dor e só sentir amor.
Penso que no Sentimento de Jung há outra bifurcação, que é o amor e o ódio: o irascível ama e odeia com intensidade.
Há momentos da vida em que somos seduzidos e somos sós amor. Há outros, no entanto, em que somos desiludidos e somos só dor.
E é aí que mora o perigo: quando estamos seduzidos pelo tão belo amor e tendemos a amar todas as coisas acabamos por descartar as coisas negativas, e fazendo isso nos colocamos em perigo, pois o mundo tem coisas negativas.
Pensando assim alguns pretendem dizer que não há amor, e que só existe o forte e o fraco. Obviamente, quem diz isso não se considera fraco, e sim forte.
Só vêem desgraça no mundo e, por causa disso, se defendem melhor dos males, mas também deixam passar os mais nobres sentimentos sem os viverem. Para esses o amor é coisa dos fracos, e portanto a tendência é rirem de quem abre o coração para esse sentimento, quando no fundo é tudo o que queriam. Essa felicidade que às vezes o mundo nos permite sentir.


Acho que já deu para perceber que ambas as atitudes estão erradas, e que uma terceira deve existir, não é?
Uma serve para proteger da infelicidade, e outra para sentir a felicidade. Se só temos uma estamos incompletos e não vivemos de forma plena.


Para isso há uma solução simples: o caminho do meio.
Abrir o coração para o amor sem medo do que ele fará conosco. Simplesmente amar, e deixar que seja eterno enquanto dure.
Ser racional na hora de observar os riscos da vida, e entender que o mal existe. Entendendo isso, é bom estar preparado para quando ele vier, porque virá.


Resumindo, devemos cavar dentro de nós o Yin e o yang, apreciar com cautela o céu e o inferno que existem dentro de nós e no mundo.
Amar, mas saber se defender. Endurecer mas nunca perder a ternura.

2 comentários:

Victor Hugo disse...

e para aqueles que veem o mundo pela dualidade forte/fraco e considera-se um fraco? (tudo isso dentro doa sentimentos negativos)

Silas disse...

Isso seria o mesmo que uma mulher machista: Aceitam um paradigma racional que contradiz sua natureza íntima. Nesse caso, sofrem por causa de uma arbitrariedade, porque não existe objetividade nos julgamentos de valor. O post é incompleto e minha opinião sobre isso mudou.

Qualquer dia eu reformulo a questão...

Valeu pelo coment...