Story of my fucking life...

Às vezes a vida interna nos diz: pare um pouco. Descanse, tome seu tempo para digerir toda essa merda que te enfiaram pela goela.

Mas o mundo externo? Ele te tortura, te oprime.

Ele te diz: você precisa de tempo, mas não tem, então enfrente o mundo e a si mesmo ao mesmo tempo.

Então o que há de se fazer?

Escrever uma poesia aqui, e um texto de desabafo ali para descarregar um pouco dessa energia que enche a existência a um ponto que vai além do limite que estabelecemos.

Porque parece que o que estabelecemos de nada vale: não controlamos nada nesse mundo: é tudo quimera...

Os minutos vão passando, e as palavras cruzando insistentemente minha cabeça. Entram em contradição, estão em conflito. No mundo ideal, se eu tivesse o tempo, esse conflito se resolveria num consenso, um equilíbrio.

Mas não o mundo real.

Não as belas figuras animadas que animam a si mesmas e a mim. Juntas elas me levam a apenas um lado. Me tiram de cima do muro, posição que tanto amo.

Eu só queria amar as duas, queria a liberdade de deixar meu coração ser o que é.

Mas quem disse que será assim?

Eu sinto o cheiro do destino chegando, o terrível e lindo destino. Estou desconectando e reconectando, sofrendo um transplante de coração.

O próximo é o meu de verdade, e o antigo era fruto dos meus truques, dos truques dele mesmo e do bendito/maldito destino, mas não por isso menos belo, menos vívido e intenso, menos amável em sua essência...

Então que venha a nova beleza, me faça chorar num choro de alegria e melancolia até o momento em que a alegria se mantenha devido à sua origem e pelo mesmo motivo a tristeza vá embora.

Nada depende mim, só tenho que abrir mente e o coração para o nove que se sustenta sem minha racionalidade, sem minha poesia.

Aí o destino limpará minhas lagrimas e dirá: viu como foi melhor assim?

Aí eu mando ele a merda e aproveito a felicidade...

Cacete, que surto de linguagem de baixo escalão e sinceridade publica!

0 comentários: