Sobre o efeito dos jogos virtuais

Acredito que qualquer pessoa que diga que jogar ajuda no desenvolvimento do raciocínio nunca se viciou em um jogo, pois é só sentindo o vício na pele que você percebe o quanto ele é maléfico.

Desde criança eu tenho o hábito de me distrair com esses jogos, e hoje eu passei horas conversando sobre jogos com uns colegas e percebi algo tenebroso. Na medida em que eu me concentrava em me lembrar das peculiaridades do jogo e na expectativa de uma nova atualização para este eu fui tomado por uma espécie de euforia, que é comum para quem está acostumado com esse tipo de coisa. Essa Euforia tirou minha concentração e inibiu parte da minha capacidade de emitir raciocínios! O jogo pode ser uma ferramenta muito inteligente e poderosa de alienação.

É como Rajesh, do “the big bang theory” disse: “it’s horrible to have that multi-player monkey behind your back.”

E vou dizer: é uma merda mesmo. O jogo suga a sua energia e joga ela no nada. Exige concentração e com o tempo começa a sugar essa concentração e sua energia. Depois de jogar por muito tempo você fica com pouca noção da realidade, e mesmo estando parado tudo isso cansa a sua mente.

Você fica agitado e acaba não conseguindo se concentrar em coisas importantes, tais como a leitura. Eu hoje acabei de me irritar ao abrir meu e-book e ter que ler três vezes a mesma página e ainda sim não entender o que o autor quis dizer. Tudo bem que Jung às vezes complica tudo, mas estou certo de que isso aconteceu por causa da minha mente, que ficou dispersa graças ao jogo.

Assim como diversas outras atrações fúteis do mundo moderno, o jogo não precisa ser negado, mas é essencial um controle do tempo que se passa jogando ou pensando sobre o jogo (porque pensar no jogo gasta tanta energia e tempo quanto jogar). Vou sentar com meu notebook na cama e continuar lendo agora, e não pretendo aceitar essa dispersão de raciocínio. O tempo o esforço em geral se mostram suficientes para acalmar a mente dessa agitação do jogo, e assim permite a tranqüilidade e serenidade de uma boa leitura. Também vou revisar meu livro, a primeira parte do Enigma da imortalidade, que está bem perto de ficar pronto. Assim que ficar vou tentar fazer um upload pro blog, e se não for possível eu disponibilizo um e-mail para o envio a quem se interessar. Nessa ocasião vou escrever uma síntese e colocar a introdução do livro no blog.

Deixo aqui um recado a todos os Nerds como o eu. Não deixe o jogo te dominar. Pelo contrário, domine-se a si mesmo, e assim perceberá que não há motivo para pensar num jogo quando não se está jogando, e que também não há motivo para ter raiva ou euforia graça a ele. Tudo isso é maléfico para a consciência e deve ser dosado como uma mera forma de distração e diversão. Um jogo JAMAIS deve ser colocado em primeiro lugar. Nunca apóie crianças (como eu) que desejem faltar a escola para ficar em casa jogando e também nunca deixem de viver e aprender por causa de Jogos.

2 comentários:

Emiliano M disse...

Então é culpa do Age of Mithologies que eu demoro 3 dias para ler uma página de "Crítica a Razão Pura"?

Eu aqui xingando Kant quando deveria estar xingando O Bill Gates!

Falando Sério Silas, reflexão bacana meu! Nunca tinha pensado no que os jogos de videogame fazem na nossa cabeça! E olha que gastei boa parte da minha infancia e adolescencia com essas coisas! Sempre tivbe noção que gastava tempo DEMAIS com isso, mas nunca pensei nos "efeitos colaterais".

Fica na Paz meu

Silas disse...

Nesse caso não há culpa unilateral: O jogo é ótimo e o livro muito prolixo!

Não sei se você conhece o Hamachi ou se usa outros meios pra jogar na internet, mas se você já jogou esse jogo no multiplayer deve saber como é viciante.

Pode xingar os dois!

Pois é. O jogo gasta mais tempo do que a maioria das pessoas percebem!

Fica na paz você também!