Doenças psicossomáticas e responsabilidade

Não é de hoje que as pessoas procuram atribuir ao mundo externo a causa para muitos de seus males. A falta de contato com o próprio mundo interno causa diversos problemas de saúde por debilitar o sistema imunológico ou no surgimento de sintomas sem nenhum antígeno aparente.
No livro Orgulho e Preconceito, a mãe da Protagonista, Mrs Bennet, possui um costume relevante. Sempre reclama de como as pessoas agridem seus pobres nervos.
Muitas doenças, como a pressão alta, em certas pessoas possuem causas psicológicas. Quando essa informação entra em contato com o paradigma comum, já que esse paradigma não tem equivalência ao termo psicologia, ela é deturpada. Dizem que a causa da doença da pessoa reside fora dela, no mundo que inspira nela emoções negativas.
Graças a isso, uma pessoa pode ter sua pressão elevada quando entra em contato com sujeira ou falta de organização. Partindo dessa premissa deturpada, o individuo culpa a pessoa que sujou ou desorganizou o ambiente por seu mal psicossomático. É o mundo que não tem piedade de seus pobres nervos.
Só que a causa de uma doença psicossomática é, via de regra, o próprio individuo. Assim como a dor física que sentimos tem o sentido de nos fazer evitar certas coisas, a nossa mente faz o mesmo. Mas as dores físicas podem ser infligidas unicamente por outros, enquanto que a dor mental existe por causa do apego do indivíduo. Uma pessoa que definha pela falta de outra e morre. Ou uma que se deprime por ter perdido riquezas, seu poderio, destrói o próprio corpo culpando o mundo por isso.
O conhecimento grosseiro sobre as doenças psicossomáticas não passa de um instrumento com o qual o individuo insiste no erro, se faz de vítima, e se destrói na plena fé de que o outro é culpado. Quanto mais vazio for o indivíduo, com mais vontade ele procurará culpar o mundo por sua miséria. Prende-se em correntes e depois reclama da dor que elas causam!

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