Cá estou eu, no meio da madrugada, querendo dormir um pouco mas sendo impedido de fazer isso pelo penoso conflito dicotomico entre a ascenção do amor e da revolta.
Sobre o amor eu falei em tópicos-poema e tudo mais, e pra falar a verdade isso aqui não passa de um desabafo contra os malditos procustos que vivem entre nós.
Falei sobre o mito de procusto no tópico onde diferenciei os tipos de pensamento prático e conceitual, mas aqui vou falar mais de sentimento do que de pensamento.
Procusto era um sujeito que tinha uma cama exatamente do tamanho dele, e que trazia convidados para dormirem nela. Os que eram menores do que ele eram esticados, e os maiores eram amputados, de forma que nenhum convidado saia vivo da casa de procusto.
Um dia Teseu, talvez tão revoltado quando eu, matou procusto em sua própria cama.
Vou fazer minha interpretação subjetiva desse mito, para demonstrar como me irritam os seres intolerantes que acreditam ter a fórmula absoluta da felicidade na vida.
Essa mensagem é pra você, procusteano, que é incapaz de deixar as outras pessoas tomarem suas próprias decisões. Sim. Você que diz: não suporto ver os outros cometendo erros, não posso deixá-los errarem.
Primeiramente, como quebra-gelo, vá a merda. Se alguém quiser saber sua opinião esse alguém vai perguntar. Algumas pessoas, creio, aceitariam um conselho mesmo sem pedir, mas conselhos são palavras e não atitudes!
Será que censurar o rock n roll e proibir a bebida alcólica é uma coisa boa? Será que proibir uma pessoa de usar camisinha é uma coisa positiva?
Ou isso tudo não passa de formas diferenets de colocar as pessoas numa cama de procusto?
Entenda, procusto, que nem eu e nem ninguém é obrigado a concordar com você. As pessoas podem não ser as donas da verdade, mas você também não, então deixe-nas em paz!
Viva sua própria vida ao invés de tentar viver às dos outros.
Quero dizer, é bem chato quando alguém de fora opina sobre sua vida, mas é pior ainda quando alguém(supostamente) de dentro decide te controlar ao invés de te deixar ser livre.
Não quero saber se sua intenção é o meu bem. Até porque, o seu julgamento de bem e mal pode ser diferente do meu, e mesmo que seja igual você pode estar errado em sua previsão da consequencia dos meus atos. Quando me travam e não me deixam fazer alguma coisa o sentimento que tenho é o de dizer: vai pro caralho!
Sim, com todas as palavras chulas que querem me proibir de dizer. Não pensem que porque eu sou um poeta apaixonado que eu sou passivo. Não vou ser dominado por ninguém!
E meu recado não vai só para os procusteanos mais estúpidos, mas também para os mais sorrateiros.
Aqueles que invadem lentamente a sua mente e que, quando você menos imagina, estão te manipulando por causa de uma ideologia doentia. Querem te dizer o que é melhor para você como se você fosse um objeto a ser moldado e preservado. Vão à merda!
É isso mesmo. Eu vejo fundamento em coisas que vocês jamais aceitariam, e esse é um direito meu.
Não me venham com essa de que esperavam mais de mim para tentar usar meus sentimentos contra mim. Não quero que ninguém espere nada de mim, porque a espectativa presume a decepção.
Se você não espera nada, melhor, porque pode apostar você vai se surpreender com o que posso fazer até mesmo por você.
Se você, leitor não-procusteano, encontrar alguém por aí que queira te castrar, mande meu recado: o Silas te mandou ir a merda.
Eu faço isso conscientemente, mas a maioria das pessoas simplesmente se afastam. Penso que o procusteano não passa de um solitário inseguro que quer controlar as pessoas para que elas não saiam de perto deles.
Tenho um sentimento de aversão tão grande por gente desse tipo que não sou o melhor indivíduo para avaliar o que há dentro dessas mentes.
O que sei é que meu coração e minha mente não se reclinarão nessa cama. Se vocês são Procusto eu sou Teseu, então bring it on!
Procusto solitário. limitar os outros é SE limitar
Postado por Silas às sexta-feira, abril 17, 2009
Marcadores: Filosofia, Procusto, Sentimentos
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