Às vezes a vida interna nos diz: pare um pouco. Descanse, tome seu tempo para digerir toda essa merda que te enfiaram pela goela.
Mas o mundo externo? Ele te tortura, te oprime.
Ele te diz: você precisa de tempo, mas não tem, então enfrente o mundo e a si mesmo ao mesmo tempo.
Então o que há de se fazer?
Escrever uma poesia aqui, e um texto de desabafo ali para descarregar um pouco dessa energia que enche a existência a um ponto que vai além do limite que estabelecemos.
Porque parece que o que estabelecemos de nada vale: não controlamos nada nesse mundo: é tudo quimera...
Os minutos vão passando, e as palavras cruzando insistentemente minha cabeça. Entram em contradição, estão em conflito. No mundo ideal, se eu tivesse o tempo, esse conflito se resolveria num consenso, um equilíbrio.
Mas não o mundo real.
Não as belas figuras animadas que animam a si mesmas e a mim. Juntas elas me levam a apenas um lado. Me tiram de cima do muro, posição que tanto amo.
Eu só queria amar as duas, queria a liberdade de deixar meu coração ser o que é.
Mas quem disse que será assim?
Eu sinto o cheiro do destino chegando, o terrível e lindo destino. Estou desconectando e reconectando, sofrendo um transplante de coração.
O próximo é o meu de verdade, e o antigo era fruto dos meus truques, dos truques dele mesmo e do bendito/maldito destino, mas não por isso menos belo, menos vívido e intenso, menos amável em sua essência...
Então que venha a nova beleza, me faça chorar num choro de alegria e melancolia até o momento em que a alegria se mantenha devido à sua origem e pelo mesmo motivo a tristeza vá embora.
Nada depende mim, só tenho que abrir mente e o coração para o nove que se sustenta sem minha racionalidade, sem minha poesia.
Aí o destino limpará minhas lagrimas e dirá: viu como foi melhor assim?
Aí eu mando ele a merda e aproveito a felicidade...
Cacete, que surto de linguagem de baixo escalão e sinceridade publica!
Story of my fucking life...
Postado por Silas às sexta-feira, abril 10, 2009
Marcadores: Amor, Confissão, Destino, Melancolia
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