Um sonho sobre o grande segredo

Eu estava acompanhando minha mulher para o hospital. Ela estava possuída pelo demônio, conforme ditava a profecia. Apesar de no sonho ela ser minha esposa, eu não tinha nenhum sentimento por ela. Ela era uma estranha, eu nunca a tinha visto na vida. Ela era idêntica à figura de terror da menina no filme o exorcista, mas não me assustava.

Ela me pedia para ir embora, pois a possessão estava se tornando mais forte. E ela podia acabar tomando controle sobre meu corpo, demandando sexo. Eu disse que talvez toda a profecia fosse um erro.

Ela riu e disse: “Eu era como você. Não sabia qual era a real força nesse mundo. Ele já dizia, desde o começo, que quem comandava o mundo era a polícia britânica. A força especial inglesa. Eu não quis acreditar, como Jung, e todos os outros idealistas do mundo. Mas veja agora que isso ficou provado.”.

A mim não pareceu haver nada provado. Não entendi bem. Ela começou a se debater na cama pedindo mais cobertores. Pagou 1,50 por três cobertores e se levantou para ir buscá-los.
De repente eu estava na frente de uma construção gigante. Saímos do pátio externo por uma grade e fomos pela calçada até o outro lado, onde havia uma enorme catedral. Entramos e meu antigo professor de rede estava nos falando sobre tática de guerra. Ele nos disse que iríamos entender o grande mistério. A grande tática. Passamos novamente por fora do pátio e entramos na edificação logo ao lado da catedral. Havia lá dentro alguns prédios, e de repente eu soube que fazia parte do esquadrão de extermínio inglês. Minha missão era pegar uma faca e executar inocentes, mas eu não os vi em lugar nenhum. No lugar deles, aquele sítio de treinamento se tornou como um campo de batalha de verdade e me escondi com um fuzil. O inimigo estava a espreita.

Desci passei pelo corredor até a parte da qual os dois que me acompanhavam estavam incumbidos. Cheguei lá e havia duas pessoas, não lembro nada sobre elas. Me disseram: agora você entende o grande segredo¿ Ninguém extermina mais do que a polícia inglesa.
Eu fiquei espantado e vi os dois que me acompanhavam matando pessoas com facas. Um dele matou mais do que o outro. O outro disse: “porra, não tem como ele matar tanto”!

Eu não tinha certeza se aquelas pessoas eram reais ou se eram só hologramas para treinamento. Mas aí eu entendi o grande mistério: eram eles os grandes poderosos. Na verdade creio que meu espanto era por uma constatação mais profunda, a qual eu nem podia entender bem.

Dessa vez, ao invés de passar pela calçada, do lado de fora do pátio, eu passei dentro do pátio. Tinha um segurança parto e careca vigiando o lugar. Continuei andando até a frente da catedral, quando me surpreendi com o fato de que ela estava totalmente lotada. Outro segurança, também pardo se dispôs a nos contar sobre o que estava acontecendo.
Um dos meus companheiros de antes se sentou na cadeira de plástico dele, mas depois se levantou pelo olhar dele. Ele nos disse que havia começado a terceira guerra mundial. Que fizeram de tudo para evitar, mas não teve jeito. Pensei que era um reservista do exército (não sou), e que, portanto, iriam me convocar para a guerra. Chorei junto com todos no lugar. Estranhamente não era totalmente um choro de tristeza.

Enquanto a platéia ia saindo da catedral, eu buscava entrar e ver o que estava acontecendo. Todos se cumprimentavam, mas eram menores do que eu, então logo eu consegui ver o telão. Apertei a mão e muitos. Alguns a estendiam totalmente e eu tinha que descer minha mão para apertar a deles. Na tela, vi primeiro de relance o nome da Alemanha. Depois, o da França. Quando consegui um bom ângulo, vi a foto de Shiva e debaixo dele havia o nome Geusa (que eu também entendia como Deusa) e do lado oposto, com um X, havia o nome Ciência.

Era uma guerra entre Geusa e Ciência. Fiquei profundamente espantado.

Eu não sabia de que lado estava.

Acordei.

2 comentários:

Breno Crispino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Breno Crispino disse...

eu posso ter entendido errado... mas é mt mais uma metáfora do que uma antecipação do que está por vir... Shiva, da Índia, uma país que sofre com a divisão entre valores e material... um país que ainda possui vacas na rua mas trabalhar é fundamental, telemarketing contra rezar no templo. se ciencia é o progresso do materialismo, religião é o espiritualismo, o desapego até, do material, e esses vivem em conflito. é isso? :P